segunda-feira, 16 de março de 2009

Eu, hoje

A semana passada foi corrida, não deu pra postar aqui.

A Najana perguntou e é válido colocar aqui: Como está hoje o meu emagrecimento, minha realidade?

Esta semana completarei 31 anos. Tenho 1,58 m e estou pesando 86 kg. Tenho uma balança digital em casa, mas descobri que ela rouba e não me mostra o peso certo, então agora me baseio pelo peso da balança da academia.

Minha luta contra a obesidade existe desde que me entendo por gente.

Hoje tenho dois filhos: o mais velho completará 4 anos no mês que vem; o mais novo completou 5 meses ontem. Então, além de emagrecer sem fome, eu preciso amamentar. Sou casada há 5 anos e 8 meses. Meu marido sempre me apoiou, hoje mais que nunca, mas sempre sofreu com a instabilidade do meu peso e a minha forma de lidar com isso.

Todas as vezes que comecei dietas restritivas, dei com os burros n’água. Comigo nunca funcionou. Não sei se porque eu nunca tive disciplina suficiente até hoje, não sei se porque meu corpo realmente não aceita, não sei se porque programei mal a minha cabeça. Só sei que o melhor que funcionou foi praticar atividade física. Restrição, só com medicação. E a isso eu não me submeto mais não.

Por isso, hoje eu vou à academia cinco vezes por semana. Não faço nenhuma dieta específica, primeiro por não acreditar na eficácia de nenhuma delas em mim; segundo porque a amamentação e as atividades físicas me dão uma fome tão megamonstro que se eu entrar numa de restringir, babau. Então, eu vivo em reeducação alimentar e “redução de danos”: evito frituras, gorduras em geral e excesso de doces e massas em geral. Mas não me privo também não. Pode ser esquisito isso, vindo de alguém que precisa emagrecer, mas é a verdade. Já sofri muito com privações insanas que sempre acabavam em crises compulsivas.

Estou praticando a antidieta, ainda meio capenga, mas melhorando a cada dia. É difícil você entender o que o seu corpo *quer* e diferenciar do que *precisa*. Mas estou caminhando. Aliás, acho que estou em TPM (se é que serve de desculpa... ;P ) e acabei tendo umas compulsividades açucaradas e proibidonas na semana passada, mas ainda assim, foi mais fácil que antigamente. Procurei algo que desse uma saciedade maior com uma menor quantidade, tipo chocolate meio amargo e coisas assim.

Outra arma no combate à obesidade é o livro “Uns comem, outros engordam...”. Recomendo a todos. Vou explicar porque: não acredito que a principal causa da obesidade seja física, salvo raras exceções que são diagnosticadas e tratadas de forma medicamentosa. Pra mim, existe um clic dentro da cabeça da gente que pode ser estalado de alguma forma. Cabe a cada um descobrir a sua. Não acredito que seja possível manter um corpo magro com uma cabeça gorda. Tanto que a principal operação na cirurgia de redução do estômago (gastroplastia) é a psicológica. Porque se não for assim, você recupera TUDO depois. E tem um monte de “sanfoneiro” aí pra comprovar essa teoria, com o indesejável efeito sanfona. Então, estou buscando dentro de mim as CAUSAS da minha obesidade, porque sei que ela é apenas a CONSEQUÊNCIA de algum problema interno. Se eu matar a causa, a conseqüência se extingue com o tempo.

O livro nos dá algumas armas interessantes pra facilitar o emagrecimento e promovê-lo *ad eternum*. Aborda aspectos que tentamos esquecer e até negar, de forma clara, objetiva e até grosseira em alguns momentos, mas exatamente do jeito que a gente PRECISA encarar. Estou terminando a minha primeira leitura, pra depois reler e me organizar pra colocar em prática.

Hoje, a principal mudança na minha alimentação é na maneira como me relaciono com a comida. Realmente incorporei o lema “Comida só cura a fome”, parando de comer como subterfúgio. Mais que isso, parei de sentir culpa por desejar e comer proibidões. Não estou abusando, tenho cuidado de evitar sempre que possível, mas já não me torturo porque *não posso*. Eu posso SIM. Só que eu *NÃO PRECISO*. Quer dizer, não preciso na maior parte do tempo, porque quando dá uma big crise formigativa, eu PRECISO SIM de um doce, um chocolate. E sabe o que eu faço? EU COMO! Sem culpas, sem neuras, sem problemas. Inclusive, Na, seu comentário a esse respeito me fez muito bem, você nem imagina.

Se você parar pra pensar, nós temos relações de CULPA com muitas coisas nas nossas vidas. Eu me culpava por querer comer, e acabava comendo mais por isso. Ainda me culpo (?) um pouco porque não tenho dado conta de cuidar da casa como eu gostaria; essa culpa está sendo devidamente trabalhada e brevemente será eliminada.

Eu precisava realmente era de uma psicóloga com abordagem de terapia cognitivo-comportamental. É quando o terapeuta te ajuda a descobrir padrões errados de comportamento e te auxilia a modificar esses comportamentos ao mudar o seu padrão de pensamentos/ crenças. Tenho feito sozinha minha própria terapia nesse sentido. Mas tudo começou com a psicóloga lá do posto de saúde... Mas isso é oooooutra história.

Com a atividade física, meu peso aumenta. Mas o corpo tem diminuído... Calças começam a caber... ;)

Resumindo:

  • quase 31 anos;
  • 1,58 kg;
  • 86 kg;
  • academia 5 x semana;
  • antidieta;
  • “Uns comem, outros engordam...”
  • mudanças cognitivo-comportamentais;
  • MUITO apoio do marido.

Basicamente, é isso aí.

Beijoca e uma ótima semana a todos!

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá amiga!

Gostei de ver este seu post, gostei também da sugestão do livro e acho que vou comprar ele :)

Em tempo: minha esposa fez gastroplastia há menos de 1 mês. Resultado pra ela? Ótimo

Resultado pra mim? Espetacular!
Porque agora tenho uma companheira que precisa comer menos que eu, então ela acaba me dando força pra não dar aquela escapada a aquele rodízio de pizzas ferrenho que sempre derruba a gente.

Tem funcionando muito, e confesso: 60% está na cabeça da gente!

Sucesso!

Michelle Henrichs disse...

Olá,

Sou sua seguidora há um tempinho e tem selinho pra vc no meu blog (http://mimihenrichs.blogspot.com/).
Beijinhos, tenha uma semana abençoada.

Michelle

Anônimo disse...

Olá, acabo de me super identificar com você. Tenho uma filha de 4 anos e um bebê de 3 meses. Tenho 1,59, 84 kg e nada fá de dieta. Não sou disciplinada, ansiedade de ficar em casa só cuidando de filhos me deixa louca, como o que tiver nas horas vagas. Adoro um chocolate e sou viciada em Coca Zero.
Tenho uma mega fome amamentando também e sei que, se fechasse a boca, perderia bastante peso rapidinho, o duro é fechar a boca. Vou acompanhar mais o seu blog.
Beijo